Quando o assunto é produzir novas estrelas, a fertilidade das galáxias varia. Entender por que isso acontece é o foco da pesquisa de Marina Trevisan, pela qual ela venceu o prêmio Para Mulheres na Ciência. A SUPER conversou com a doutora em astrofísica e professora da UFRGS para entender o que a ciência já sabe sobre a evolução das galáxias e porque algumas delas acabam ficando inférteis.
Que fatores influenciam a evolução de uma galáxia?
Sabemos que galáxias não evoluem sozinhas. Elas estão em estruturas maiores, os aglomerados de galáxias, permeados por grandes quantidades de gás, e sabemos que a interação nesses aglomerados afeta a evolução de cada galáxia.
E o que isso tem a ver com a produção de estrelas?
Uma estrela é uma bola de gás muito quente. Sem gás, portanto, você obviamente não consegue formar uma estrela. Se algum tipo de mecanismo arranca o gás de dentro de uma galáxia, ela não tem mais o material para continuar esse processo. Bom, é justamente isso que os aglomerados são capazes de fazer. Eles conseguem retirar o gás de dentro de uma galáxia e deixá-la sem “combustível” suficiente para criar novas estrelas.
Como os aglomerados fazem isso?
Nós sabemos que dentro dos aglomerados – ou seja, entre uma galáxia e outra – há um gás bem quente, que interage ali no meio. Acontece que dentro das galáxias também existe gás para formar as estrelas, mas ele não é tão quente quanto o que está fora. Essa diferença de temperatura e densidade é tão grande que o gás dos aglomerados acaba “sugando” o gás de dentro das galáxias, fazendo com que elas fiquem inférteis.
Por que galáxias param de produzir estrelas Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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