Depende do raio X. Os que são usados em hospitais – ou nas barreiras de segurança de aeroportos – de fato não mostram os diamantes com clareza. A pedra preciosa fica com a aparência de um borrão muito tênue, quase invisível.
Bem diferente de uma faca ou um revólver, itens que não podem embarcar em hipótese alguma e brilham intensamente na imagem.
Isso é porque o diamante, apesar de tão valioso, é feito do mesmo material que você, seu cachorro e um pote de plástico: átomos de carbono, que têm só 6 prótons no núcleo. Eles são bem menores que, por exemplo, os átomos de ferro (com 26 prótons) ou chumbo (com 82 prótons).
O raio X forma uma imagem do interior do seu corpo justamente porque coisas mais densas – tipo seus ossos, cheios de cálcio – seguram a radiação, enquanto a pele e os músculos, feitos de moléculas que têm o carbono como base, deixam ela passar.
Um elemento chamado zircônio, com 40 prótons, é usado com frequência para imitar diamantes verdadeiros, mas não engana o raio X. Ele aparece com muito mais clareza que a pedra real.
Fonte: artigo “Myth busting in the world of x-rays”, de Lino Piotto et al.
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