Há mais de três décadas, pesquisadores de todo o mundo se esforçam para desenvolver um pâncreas artificial que ajude pessoas com diabetes. A ideia é criar um dispositivo capaz de automaticamente medir as flutuações da glicose e, em seguida, aplicar a insulina. Tudo isso sem que o paciente tenha de se preocupar em contar carboidratos na dieta, analisar gráficos, calcular a dose de insulina…
Pois há uma nova promessa nesse front: a empresa Defymed, especialista em produtos médicos implantáveis, desenvolveu o MailPan. É uma espécie de bolsa implantável dentro do corpo, na parte mais superficial da parede do abdômen, e que contém no seu interior células produtoras de insulina geradas em laboratório a partir de células-tronco embrionárias.
A bolsa do dispositivo atua como uma espécie de escudo, impedindo o ataque do nosso sistema imunológico contra as tais células produtoras de insulina, que não possuem o mesmo DNA do paciente e, por isso, são vistas como inimigas. Em contrapartida, a mesma bolsa permite que essas células entrem em contato com o sangue da pessoa, detectando as concentrações de glicose em tempo real. A partir daí, elas secretariam a insulina de acordo com a necessidade. É um pâncreas bioartificial, assim por dizer.
A nova tecnologia ainda possui dois conectores ligados ao meio externo para que novas células produtoras de insulina sejam infundidas de tempos em tempos, segundo a necessidade.
Experimentos em camundongos e porcos mostraram sucesso no controle da glicose, porém pesquisas em humanos ainda não foram conduzidas. Apesar de o MailPan ser promissor, temos que aguardar resultados de eficácia e segurança de estudos sérios e bem feitos entre os indivíduos com diabetes.
Vamos aguardar!
A união de biologia e tecnologia pode criar o 1º pâncreas bioartificial Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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