Influenza, HIV e, mais recentemente, o coronavírus. O teste Viroma é o primeiro no Brasil a conseguir diagnosticar todos esses microrganismos ao mesmo tempo. Desde janeiro de 2020, ele faz parte da rotina do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O médico João Renato Rabello, que ajudou a desenvolver a tecnologia, conversou com a SUPER para explicar seu funcionamento.
Como o teste funciona?
Primeiro, recebemos uma amostra do paciente e extraímos o RNA do vírus. Então, transformamos o ácido nucleico em DNA e fazemos o sequenciamento do material genético. Depois, é possível comparar essa sequência com um banco de dados internacional e verificar a qual vírus ele corresponde.
Por que o Viroma é mais vantajoso?
A forma tradicional é detectar diferentes vírus individualmente. Existem testes de hepatite, febre amarela, chikungunya e outras doenças, uma de cada vez. Nesses testes, você precisa saber o que está procurando. Com o Viroma, a gente consegue todos esses agentes de uma vez só, o que é vantajoso em relação ao tempo e custo. Logo no primeiro mês de operação, a gente encontrou o arenavírus, que não aparecia desde a década de 1990. Ninguém suspeitava que ele podia estar infectando pacientes.
Por que ele é importante no contexto brasileiro?
Muitos vírus passavam despercebidos por não existir metodologia necessária para detectá-los. Com essa tecnologia, vamos conseguir saber a causa de mortes e doenças que antes ficavam no escuro. A sequência genética do coronavírus chinês, por exemplo, já está publicada e faz parte desses bancos internacionais. Podemos comparar uma amostra brasileira com esses dados e fazer o diagnóstico.
Teste identifica múltiplos vírus de uma só vez Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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