quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Este “cachorrinho” perdido é, na verdade, uma espécie em extinção

Os amantes de animais já estão acostumados a encontrar cães abandonados na rua e levá-los para casa ou abrigos. Mas imagine descobrir que aquele animalzinho, na verdade, não é um cachorro. Foi o que aconteceu na na cidade de Wandiligong, na Austrália. Um teste de DNA revelou que esse animal aí da foto é um dingo.

O filhote foi encontrado em agosto por moradores da região. A família ouviu um choro perto de casa e achou que se tratava de um cachorro. No dia seguinte, o animal foi levado ao hospital veterinário, onde foi feito o teste de DNA. O resultado mostrou que o filhote é 100% dingo australiano.

Não haviam sinais de outros dingos adultos ou filhotes na região. O animal encontrado tinha marcas de garras e arranhões nas costas, o que faz os pesquisadores considerarem que ele tenha sido capturado por uma águia e caído perto da cidade.

Os dingos são parentes dos cachorros domésticos e lobos. Todos fazem parte do gênero Canis, mas o dingo é bem diferente do cãozinho que você tem em casa. Ele é selvagem, e considerado o principal predador terrestre da Austrália. Sua alimentação é composta de coelhos, cangurus, gado, ratos e outros animais pequenos.

A espécie está ameaçada de extinção, pois os criadores de gado consideram os dingos uma praga. Esses bichos estão constantemente ameaçados pela caça e até o governo já promoveu programas de erradicação dos animais.

O filhote foi batizado de Wandi e até ganhou um perfil no Instagram. Ele está morando na Fundação Australiana de Dingos, que atua na proteção da espécie. A carinha fofa e a popularidade nas redes sociais são usadas para conscientizar sobre a importância de preservação dos dingos.

Wandi foi uma descoberta particularmente rara. Quando os resultados dos testes de DNA chegaram, os pesquisadores ficaram chocados. A maioria dos animais encontrados são híbridos com cães domésticos, mas Wandi é o mais puro dingo.

Por enquanto, a única preocupação de Wandi é brincar com os outros filhotes do centro de conservação, mas em breve ele poderá entrar para o programa de procriação da espécie. A Fundação possui cerca de 40 dingos no programa, que pretende manter a linhagem viva para que os animais voltem a viver na natureza.


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