Em 2010, o governo brasileiro criou a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Mas seria fácil se necessitássemos apenas de uma canetada para garantir qualidade de vida e um bom acesso à saúde ao público LGBT+. Como garantir um melhor atendimento médico a esse pessoal? E quais os principais obstáculos para isso? Esses são os temas principais deste episódio do podcast Detetives da SAÚDE.
Um dos convidados para o programa é o psiquiatra Daniel Mori, do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. Segundo ele, é imprescindível criar um vínculo aberto e de confiança com o profissional de saúde. “Quando o paciente LGBT não se sente à vontade com o médico […], a chance de retornar é oito vezes menor”, sentencia. E, sem acompanhamento, fica mais complicado evitar ou tratar qualquer doença.
Ainda assim, o preconceito e a falta de conhecimento reinam nessa área, segundo a endocrinologista Elaine Maria Frade Costa. Chefe do Ambulatório de Transexualismo do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do HC, a médica conta no podcast um episódio muito triste. Em resumo, o reitor de uma universidade não permitiu que ela usasse a palavra “trans” para divulgar um curso que estava dando sobre saúde trans. É ou não é um absurdo?
Ao longo do episódio, os dois especialistas falam sobre as particularidades de saúde do público LGBT+, da falta de formação médica no assunto e até da cirurgia de adequação ao gênero.
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O paciente LGBT+ no consultório médico Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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