quinta-feira, 27 de junho de 2019

Dieta ultraprocessada bagunça totalmente o seu apetite

Vinte pacientes do Instituto Nacional de Saúde dos EUA participaram de um dos estudos mais interessantes sobre o consumo de comida ultraprocessada já feitos. Por 15 dias, essas pessoas foram divididas em dois grupos. O primeiro recebia três grandes refeições diárias feitas apenas de alimentos minimamente processados. Eles podia comer o tanto quisessem a cada refeição, por no máximo 60 minutos.

 O segundo grupo recebia um prato contendo estritamente o mesmo número de calorias diárias e a mesma proporção de gorduras, proteínas e carboidratos. Mas dessa fez, a refeição era inteira composta de alimentos ultraindustrializados. Novamente, eles podiam comer o quanto desejassem, durante o intervalo de uma hora.

Ao fim das duas semanas, as dietas eram invertidas entre os grupos, que comiam o novo cardápio por mais 15 dias.

A pesquisa foi a primeira a mostrar, de fato, que a comida ultraprocessada pode causar diretamente alterações no apetite e na ingestão de calorias. O mesmo paciente que, normalmente, se sentia satisfeito o consumo com 2.600 kcal diárias quando estava na dieta pouco processada passava a comer 500 kcal a mais por dia para se sentir satisfeito comendo alimentos ultraprocessados. A maior parte dessas calorias, é claro, vinha de açúcares e gorduras – a ingestão de proteína permancia a mesma.


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