Quem leva um tIro ou uma facada precisa, obviamente, receber tratamento médico o mais rápido possível. Cada segundo conta, já que a perda de sangue mata rápido. O cérebro e o coração não podem ficar muito tempo sem oxigênio. Se o fluxo sanguíneo não fornece esse oxigênio a contento – uma situação de isquemia –, as células desses órgãos param de trabalhar, e morrem.
Qualquer procedimento que garanta mais alguns minutos sem uma isquemia, então, é valioso. E existe um bem eficiente: desacelerar radicalmente o metabolismo do paciente ferido. Dá para fazer isso refrigerando o corpo.
Não numa geladeira, mas injetando uma solução salina gelada direto na aorta, rapidamente e em grande volume, até a temperatura corporal chegar a 10°C. Isso reduz severamente o metabolismo, e aumenta em até dez vezes o prazo de sobrevida – durante a qual os médicos buscam fechar o ferimento. Alguém que não resistiria 10 minutos pode ganhar duas horas.
Isso já foi testado com sucesso em animais, mas só agora em humanos. Médicos da Universidade de Maryland (EUA) anunciaram a realização do procedimento em ao menos um paciente. A ideia agora é fazer mais testes para verificar a segurança do método, sempre em pacientes que teriam chance quase zero de sobreviver de outra forma.
Como o resfriamento instantâneo de corpos pode salvar vidas Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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