Em 2016, cientistas encontraram, em uma caverna no sul da África, dezenas de pedaços de carvão sob uma grande camada de cinzas. Anos depois, o achado revelou algo interessante: os humanos que viviam ali há 170 mil anos assavam vegetais (raízes, mais precisamente) para comer.
No carvão, os cientistas identificaram fragmentos de rizoma, o caule subterrâneo de uma planta do gênero Hypoxis. Essa variedade existe até hoje, e em alguns lugares é chamada de batata africana. Seu gosto, contudo, é bem amargo, então ela acaba sendo usada para fins medicinais, e não como alimento. Acredita-se que os ancestrais cozinheiros comiam uma outra variedade da planta, mais saborosa.
Os rizomas de Hypoxis podem ser tão ricos em carboidratos quanto a batata a que estamos acostumados. E a alta quantidade de fragmentos encontrados sugere que o alimento era um item recorrente na dieta daqueles humanos. Isso pode mudar a percepção que tínhamos sobre a alimentação do Paleolítico.
Durante muito tempo, acreditou-se que os humanos coletores se limitavam a carnes e alguns vegetais. A moderna “dieta paleolítica”, que se inspira nesse período pré-histórico, exclui do cardápio tubérculos como as batatas. A nova pesquisa sugere que o menu dos nossos ancestrais, afinal, não era tão restrito assim.
Não existia dieta paleo no paleolítico Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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