Enquanto fazia um autoexame, um astronauta da Estação Espacial Internacional descobriu uma trombose grave no pescoço. A ISS não tinha a medicação adequada, muito menos um doutor à disposição. A solução foi contatar Stephan Moll, grande especialista no assunto.
A Nasa enviou injeções ao espaço a bordo de um foguete de suprimentos. Mas as decisões e orientações ficaram a cargo de Moll, diretamente dos EUA – um exemplo extremo de telemedicina. E a melhor parte: ao examinar o paciente (que não teve sua identidade nem missão revelada) no retorno à Terra, comprovou-se que o procedimento foi um sucesso.
Por que optaram por fazer o procedimento a distância?
Não havia necessidade de me mandar para o espaço. Nesses casos, o médico costuma fazer a consulta pessoalmente para examinar e avaliar o histórico do paciente. Eu pude ter acesso ao histórico do astronauta e tomar todas as decisões por meio da telemedicina.
Como aconteceu o acompanhamento?
Nós trocamos e-mails e o astronauta me ligou uma vez. Eu respondi dúvidas que qualquer paciente tem, seja no espaço ou na Terra. Conversamos sobre a duração do tratamento, riscos de sangramento e a progressão do coágulo – além de algumas questões particulares sobre astronautas e o espaço.
Como a telemedicina pode ser útil na Terra?
Uma boa parte da medicina não precisa daquele método clássico de se deslocar para ver o médico. Ela pode ser feita de forma muito mais prática, eficiente e barata. A telemedicina já é utilizada em alguns nichos do sistema de saúde, principalmente na comunicação com o médico via e-mail, mas não é tão popular quanto as visitas clínicas. O caso do astronauta é um exemplo extremo de como a telemedicina pode entregar um bom tratamento mesmo a longas distâncias.
Da Terra, médico americano atende astronauta da ISS Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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