Todo ano, no Dia Mundial da Felicidade (20 de março), a ONU libera o ranking dos países mais felizes do mundo. E, pelo segundo ano consecutivo, a Finlândia levou o título para casa.
Você deve estar curioso: como se mede a felicidade de um país? O que a ONU faz é avaliar a qualidade de vida de sua população, considerando variáveis como liberdade de expressão, renda média, expectativa de vida, suporte social, generosidade e confiança. Para montar o ranking, os pesquisadores utilizam dados globais de 156 países sobre esses fatores-chave.
Segundo os autores, o relacionamento que as pessoas tem com com o governo, os nativos e os imigrantes é fundamental para uma boa colocação no ranking. A Finlândia não é feliz só porque seus nativos são felizes, mas também porque os imigrantes se sentem bem lá. “Não se trata de DNA finlandês. É a maneira como a vida é vivida nesses países”, aponta o professor John Helliwell, co-editor do relatório.
Aliás, os 10 países do topo mostram bastante estabilidade, já que são os mesmos há quatro anos – só mudaram de posição entre si. Em 2019, esse foi ranking:
1º – Finlândia
2º – Dinamarca
3º – Noruega
4º – Islândia
5º – Holanda
6º – Suíça
7º – Suécia
8º – Nova Zelândia
9º – Canadá
10º – Áustria
Levando em conta os continentes separadamente, a Costa Rica é o país mais feliz da América Latina. O Brasil amarga o 4º lugar nesse ranking regional – e o 32º no geral. Lógico, mesmo que no DNA do brasileiro estivesse o gene da felicidade, fatores estruturais (renda média, expectativa de vida) acabam abaixando a nossa colocação.
Mais importante do que já ser feliz, é ficar cada vez mais feliz: Benin foi o país que mais subiu na avaliação da ONU desde sua criação, há sete anos. Já a Venezuela foi o país em que o índice de felicidade mais caiu.
Outro ponto interessante é que cada relatório anual possui um tema, comentando tendências mundiais que podem afetar a felicidade das pessoas. No ano passado, por exemplo, a migração foi identificada como uma importante fator – para o bem ou para o mal.
Neste ano, um dos pontos principais foi como a comunicação e as redes sociais influenciam a felicidade, levando em consideração como as pessoas se comunicam e interagem umas com as outras – não apenas localmente ou nacionalmente, mas como uma comunidade global.
“Como as comunidades interagem umas com as outras, seja nas escolas, locais de trabalho, bairros ou nas mídias sociais, tem efeitos profundos na felicidade do mundo.” disse Helliwell.
Para finalizar, o relatório ainda avaliou a felicidade como um fator político. Para os pesquisadores, um aumento do bem-estar nacional era um indicador melhor de se um governo seria reeleito do que indicadores econômicos, como crescimento do PIB, desemprego e inflação. Segundo ele, quando as pessoas são felizes, elas não só são mais propensas a se envolver mais na política (e no voto, não obrigatório em muitos países), como têm mais chance de votar nos políticos em exercício naquele período.
“Se os governos querem permanecer no poder, devem levar a felicidade do povo mais a sério do que as medidas econômicas”, disse o professor Richard Layard, co-autor do relatório. “Esta é uma descoberta de importância vital – talvez uma das mais significativas dessa geração. É essencial que nossos líderes olhem para além de medidas financeiras e se concentrem no conjunto mais amplo de fatores que realmente afetam o bem-estar da nação.”
Você pode conferir o relatório completo aqui.
ONU revela qual é o país mais feliz do mundo – e o que mais piorou Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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