Os itens de origem vegetal reúnem compostos chamados fitoesteróis, que têm a capacidade de serem absorvidos no lugar do colesterol — que é, então, eliminado do organismo. Só que essas substâncias benéficas estão na natureza em quantidades ínfimas. Para tirar proveito delas, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, colocaram doses concentradas de fitoesteróis em nanopartículas feitas de óleos convencionais. “Eles ficam protegidos dentro de nanogotas”, conta a engenheira de alimentos Ana Paula Badan, uma das coordenadoras do projeto.
A blindagem permite que sejam utilizados em uma gama enorme de produtos e que, uma vez consumidos, cheguem ao lúmen intestinal, onde competirão com o colesterol. Segundo Ana Paula, a nanoestrutura é 80 vezes menor do que um fio de cabelo e não tem cor nem sabor. Daí sua versatilidade para a indústria.
Do laboratório para o dia a dia
As nanopartículas de fitoesteróis foram desenvolvidas no doutorado da química de alimentos Valeria da Silva Santos. Ao finalizá-lo, ela fundou a startup Cognita Technology e, agora, está trabalhando para ver sua invenção chegar às pessoas. “Queremos lançar um suplemento no ano que vem”, diz. “Também estamos produzindo iogurtes e bebidas lácteas e vegetais com as nanopartículas”, relata.
Nanopartículas no combate ao colesterol Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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